OBJETIVO: Avaliar, em uma Unidade de Saúde de Rio Branco, o nível de satisfação dos pacientes com a relação médico-paciente (RMP) praticada. MÉTHODS: Estudo descritivo-analítico. Foram entrevistados 50 pacientes egressos de internação recente na Fundação Hospital Estadual do Acre (FUNDHACRE), com idades entre 18 e 50 anos. Foram excluídos pacientes em diálise ou UTI, com estado de consciência alterado, portadores de deficiência mental, impossibilitados de comunicação verbal e que não concordaram em participar. O teste de Qui-quadrado (chi2) foi usado para comparação entre as variáveis categóricas, com grau de significância para p<0,05. A variável-dependente "avaliação da RMP" foi associada a variáveis ligadas ao modo de comunicação praticado entre médico e paciente. Essa avaliação foi baseada em conceitos, considerando "bom" e "ótimo" como satisfação. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FUNDHACRE. RESULTADOS: O tempo médio de visita médica foi de 4,61 minutos, variando entre 0 (zero) e 15; cinco (10%) dos pacientes estudados não receberam visitas médicas durante a internação. Com relação à comunicação, 35 (70%) pacientes não consideraram suficientes as informações oferecidas pelos médicos. Para 32 (64%) pacientes, a RMP interfere diretamente na evolução do caso. Em seus casos particulares, 62% avaliaram que houve interferência da RMP na evolução de seu tratamento. Quanto à avaliação geral, 35 (70%) pacientes consideraram-se satisfeitos com a RMP praticada. CONCLUSÕES: A satisfação com a RMP apontada tem associação com variáveis que são ligadas ao modo de comunicação praticado entre o médico e o paciente.
BACKGROUND: The main objective of the present paper is to evaluate the satisfaction levels with the physician-patient relationship (PPR) practiced at a health care unit of Rio Branco, Acre, Brazil. Interviews were carried out right after patients' dismissal from the "Fundação Hospital Estadual do Acre". METHODS: Descriptive and analytical analyses were performed. Fifty patients 18 to 50 years of age were studied. Semi-structured questionnaires were used. Patients with altered states of consciousness, mental deficiency or verbal communication impairment and those who were not willing to participate in the research were excluded. Descriptive data were appraised for SPSS®. RESULTS: Sixty-four percent of the patients (32/50) believe that the physician- patient relationship interferes with patients' improvement; Seventy percent (35/50) evaluated their physician-patient relationship as satisfactory and seventy two percent (36/50) considered positive, the attention received from physicians. Albeit results are in accordance with the cultural expectations, further research on this subject is recommended. CONCLUSIONS: the satisfaction with PPR, showed association with the variables related to the personal form of communication practiced between physicians and patients.